terça-feira, 15 de março de 2011

Pais podem prever o futuro

Quantas vezes ouvimos nossos pais dizerem: Não faça isso, vai acontecer "tal coisa". A gente não ouvia e como mágica a tal coisa acontecia?

Agora eu sou mãe e é incrível como a capacidade de "prever" o futuro aflora na gente.

Domingo passado meus filhotes "super sossegados" estavam à mil fazendo bagunça na sala. Eu avisei que a brincadeira ia dar em acidente e foi como se eu não tivesse falado nada.
Meu marido entra em cena e fala a mesma coisa, manda que paarem de macaquices pois era certo que em pouco tempo não estariam às gargalhadas e sim chorando. Também não surtiu efeito, pular no sofá um sobre o outro estava divertido demais!
Mais alguns pulos, empurrões e uma agitação danada e eu digo: Daqui a pouco um dois dois vai se machucar e eu não quero nem ouvir o choro do meu lado!

Terminei a frase e ouvi o barulho, tive tempo até de ver parte do impacto da Analu batendo com a boca na cabeça do irmão. Choram os dois.

Eu saio para ver a boca da mais velha que sangrava e Luis olha a cabeça do mais novo. Enquanto Analu chorava só porque viu o sangue, o irmão já tava sossegadinho, sem marca alguma, sinal de que o crânio é forte e resistente!...rs

Eu que achava que era um corte labial me debaro com a gengiva sangrando e um dente meio mole. Limpei, acalmei a pequena, dei um remédinho para a dor e eu relembrei o fato de que mamãe e papai haviam avisado que ia acontecer um acidente e que espera que da próxima vez ela nos ouvisse a tempo.

No dia seguinte a levei ao dentista, por sorte a dentição dela é forte e aparentemente não será desta vez que ela ficará banguela, é provável que o dente caia só quando o permanente estiver pronto e assim passamos praticamente ilesos por este sustinho.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Gravidez - Primeiros meses



Eu contei aqui sobre a minha terceira gestação. Seguindo o primeiro ultrassom completo amanhã 11 semanas e a sensação que tenho é que passou voando, apesar da ansiedade para saber qual é o sexo. Analu torce por uma menina e Cadu ainda não aparenta entender que há um bebê na minha barriga. Quando pergunto o que tem na barriga da mamãe ele responde: A Bel!
Não sei porque ele dá essa resposta. Se ela faz alguma ligação com a professora do ano passado que chamamos de Bel ou sei lá porque.
Eu sou daquelas que enjoa bastante. Na gravidez da Ana Luísa eu consegui o feito de enjoar até o último dia de gestação. Eu nem sabia mais o que era comer sem passar mal depois. A primeira refeição (sopinha de cenoura batida) que fiz após o nascimento dela me deu uma emoção forte, não porque era muito gostosa e sim porque eu comi e só me senti satisfeita, sem queimação ou enjôo.
Na gravidez do Cadu passei muito mal os primeiros 3 ou 4 meses e depois passou. O resto da gravidez foi super tranquila e eu comia o que queria sem problemas.
Desta vez a sensação é de que vou morrer abraçada ao vaso! Eca!
Semana passada eu estava feliz, não estava enjoando mais, apareceu uma vontade doida de comer caranguejo e outros frutos do mar, mas no geral eu estava bem, sem passar mal. Vibrei de alegria. Pena que comemorei cedo demais. Domingo passado eu passei o dia passando mal e assim tenho seguido dia após dia. Não sei mais o que como, tudo meu corpo rejeita. Vou ter que apelar para o gengibre, apesar de detestar sei que ele ajuda a passar os enjôos, quem sabe funciona né?
Continuar assim não dá, estou mais magra (o que devia ser bom), a barriga tá maior, só que me sinto cansada. Tenho tomado o composto vitamínico direitinho e estou torcendo para que apesar de comer pouquíssimo, não falte nada ao bebê.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Por favor, me vê 1kg de paciência?

Alguém sabe me dizer onde vende a bendita paciência que sumiu da minha pessoa e nunca mais voltou?
Eu nunca fui uma pessoa paciente, mas nos últimos tempos o pouco que eu tinha acabou e eu não consigo ter de volta.

Não sei se é esse começo de gravidez que me assola ou se as crianças estão em uma fase nova e por isso mais complicada ou se sou só eu mesmo que não consigo achar um caminho mais suave, só sei que não estou dando conta da irritação e tem horas que nem eu me suporto.

Cadu tem dormido mal e porcamente, mamado demais e eu já não tenho mais prazer nenhum nessa relação mãe e filho e olha que eu nunca liguei de ainda o amamentar, só sei que meu gás pra isso acabou e o que mais desejo hoje é que ele durma uma noite toda e que não passe o dia pedindo para mamar.

Ana Luísa eu nem posso reclamar muito, geralmente ela entende os argumentos e apesar de ser mega preguiçosa quando a gente engrossa o tom ela entende e faz o que precisa. Está bem na escola, já vejo nela uma vontade grande em escrever coisas compreensíveis e é bem dedicada. No geral é fácil de lidar, ao contrário do irmão que as vezes me faz ter instintos insanos que não posso nem colocar em palavras.

Ser mãe não é fácil, acho que esqueceram de me avisar quando eu era adolescente e adorava cuidar dos filhos dos outros. Eu só ouvia como eu seria boa mãe, como eu era firme e o quanto todos me obedeciam. Filhos dos outros é moleza, mas quando é o nosso aí aparece o pepino.

Luis já me disse zoando que sou uma fraude como mãe, já que minha fama familiar era de grandes habilidades ao tratar de crianças e o pior é que eu dou razão. Até eu achava que seria mais tranquilo, no fim eu não domino ninguém, me pego gritando toda hora e vira e mexe minha vontade é sumir. Sorte que apesar da falta de paciência eu ainda tenho bom senso e largar duas crianças sem mãe não seria nada saudável! :)

E ainda vem o terceiro...acho que enlouqueci e esqueceram de me internar!...rs

terça-feira, 8 de março de 2011

Pronto! Cortei.

Finalmente depois de muitos meses e dos apelos desesperados de muitos conhecidos, parentes e afins levei Cadu para cortar o cabelo hoje.

Antes que eu pareça doida que não leva o guri para cortar o cabelo nunca quero deixar claro que eu super apoio meninos de cabelos cortadinhos, tanto é que Cadu teve seu primeiro corte de cabelo aos 8 meses e ficou um fofo. Só que depois do primeiro corte o cabelo dele mudou, ficou bem mais liso e fino e bem loiro. Levei para cortar mais 3 vezes e nas todas as vezes o cabelo ficou estranho. Ou ficava curto demais e o menino virava um cabeção ambulante ou ficava com cara de índio loiro por causa da tigelinha.

Na última vez achei tão estranho que me tomei por uma revolta e não levei mais o menino para cortar o cabelo. Bem, para não parecer tão má eu levei para o cortar a franja e só!...rs

Aí veio o verão e ele aguentou firme o cabelo na testa mesmo pipocado de brotoejas e eu sempre ouvindo como era um pecado deixar o menino passar calor por pura vaidade.

Ok. Eu assumo, ele cabeludinho fica com cara de bebezão e eu acho bem mais bonitinho, aí eu fui deixando para depois e depois, até que nos últimos tempos eu tenho sido soterrada de repreensões pelo cabelo sem corte. Resolvi parar de ser chata e levar o menino ao barbeiro.

Ontem catei meu pai, minha mãe e minha avó e fomos à um barbeiro especializado em corte infantil. Fiz meu pai decidir o corte e instruir o barbeiro, mas acabei me metendo e deixando claro que não queria o cabelo tigelinha, muito menos curto ao ponto de parecer um alfinete com cabeça.

Corta daqui, penteia dali e Cadu caiu em sono profundo. Tive que ficar segurando a cabeça dele enquanto o barbeiro terminava o corte. E não é que ele ficou uma graça?!

Perdeu o ar de bebê, os fios mais loiros se foram e agora ele parece mais com um garotinho de 2 anos e 4 meses.

Daqui uns anos será ele a querer deixar o cabelo comprido e serei eu a gritar: Corta esse cabelo muleque!!!

Esqueci de levar a câmera, então só rolou umas fotos feitas com baixa resolução pelo celular do meu pai.

Dia Internacional da Mulher

Grávida de 8 meses do Cadu 

Lendo os centenas de blogs que acompanho pelo feed, li um post da Ana Sinhana que me fez ter vontade de escrever sobre o "dia da mulher".

Antes de comentar o que me tocou no post dela queria dizer que eu não costumo comemorar este dia, simplesmente porque não acho que precisa ter um dia específico para que lembre dos feitos femininos, ou para que se reconheça a importância da mulher para a família e para a sociedade. É o tipo de coisa que tem que ser praticada diariamente, assim como reconhecimento às mães e pais e não apenas em um único dia em maio e agosto quando se dá um presentinho ou se sai para almoçar fora.

Voltando ao post da Ana o que me tocou além da garra dela em ter gêmeos e continuar em frente com a tese de mestrado foi ver nas palavras dela o que muitas mulheres falam diariamente quando relatam as dificuldades em se criar filhos e continuar com projetos já iniciados.

Eu tive dois filhos enquanto fazia faculdade e principalmente o segundo que foi bem no último ano, mal lembro da gravidez, já que tinha uma bebê para cuidar e estágio de conclusão de curso para fazer. Não foi fácil, mas tem gente que passa por coisas bem piores e no fim fica o sabor de serviço feito e o orgulho é maior em ver que apesar de tantos compromissos o filho foi bem cuidado, se desenvolveu e todos os outros esforços ficam em segundo plano, como que ofuscados por aqueles olhinhos pequeninos sorridentes que nos são tão gratos por tudo.

Reproduzo o último parágrafo do post da Ana já que não poderia escrever melhor, nem ser tão mais direta que ela:

"Frágeis, porém corajosas; por vezes apaixonadas mas sempre responsáveis; severas quando necessário, mas também flexíveis; um tanto culpadas, mas orgulhosas das crias, somos uma contradição em processo, capazes de grandes conquistas e descobertas. E seja com as águas de março ou em qualquer outra época do ano, acredito na força feminina da mãe e filha, dona de casa e esposa, profissional e estudante mas, sobretudo, acredito na força da mulher combativa, forjada no amor de quem dá a vida e luta por ela, todos os dias.
Então, feliz Dia da Mulher, todos os dias!" (Ana Matusita)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval

Finalmente consegui deixar o monstro da preguiça que tomou conta de mim de lado. Eu ando sonolenta, enjoada e muito preguiçosa, naquele estilo "quero que o mundo acabe em barranco só para morrer encostada". Não me lembro de ficar assim tão molenga nas outras gestações, mas enfim, eu quero é falar de carnaval. Essa festa dita popular que faz o país parar por tantos dias seguidos e influencia a vida até daqueles que não curtem o "squidum, squidum".

Eu sou do time que viveria normalmente sem os dias de carnaval. É uma festa que não me atrai e no momento me dá ainda mais preguiça só de ver o povo fantasiado, cheio de purpurina, suando e bebendo por aí. Mas também não fico por aí divulgando que sou contra o carnaval, nem condenando os que gostam, afinal, para tudo tem quem goste e discutir esse tipo de coisa leva o nada ao coisa nenhuma.

Eu já curti carnaval alternativo, peguei os primeiros anos de Psycho Carnival e acho que se tivesse que optar por uma festa hoje em dia, ainda escolheria os shows de psychobilly. Só não vou mais porque 1º sou do tipo que acho que quem tem filho que carregue, então não gosto de deixar as crias aos cuidados de outras pessoas só pra curtir um show. 2º eu teria que ir até Curitiba e geralmente em feriados eu recebo visitas e 3º que não tenho mais o "ar" alternativo que um dia tive. 

Mesmo assim, quase que avessa às festividades carnavalescas eu não proíbo meus filhos de "curtirem" o carnaval, logicamente à moda deles. Rolou toda uma explicação na escola sobre carnaval, fizeram colares e máscaras e finalizaram a semana dançando fantasiados no pátio da escola. Mandei Cadu de palhacinho e Lulu de Barbie (fantasia carinhosamente cedida pela amiga Duda). Pelo jeito foi uma tarde divertida pois encontrei os dois eufóricos no fim do dia e super cansados de tanta folia.



Os dias ditos de carnaval estão tranquilos. Meus pais e minha avó vieram nos visitar, as crianças tem brincado bastante, andado de bicicleta e curtido os mimos o máximo possível. A tv quando ligada está sempre em filmes ou nos desenhos animados e assim ficamos mais isolados dos desfiles das escolas de samba. Muito provavelmente meus filhotes crescerão curtindo o alternativo e se divertindo muito, mesmo que de forma diferente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Resistência

As aulas da Ana Luísa começaram na segunda-feira (14/02), não lembro se já escrevi aqui, mas ela mudou de escola, optamos por colocá-la na mesma escola do irmão. Uma escola maior, com uma estrutura diferente da que ela ia, mas com um projeto pedagógico muito bom, dentro da linha que eu gosto, a sócio-histórica.
Tudo ia muito bem enquanto estava na ansiedade pré-aula, agora que começou de verdade é que a gente vai analisando e sentindo as reações dela, que tem apenas 4 anos.
Analu foi para uma sala de crianças mais velhas, muitas já tem 5 anos, então é uma boa diferença, mas ela acompanha bem e se não acompanhar a parte intelectual não será cobrada por isso. Enfim, vamos analisando conforme o que ela demonstrar. Até aí tudo bem, só que Analu tem estranhado um pouco as diferenças, o fato de não conhecer as outras crianças, de ter uma professora nova, que por coincidência tem o mesmo nome da antiga. Ela não chora pra ficar lá, já fiquei observando sem ser notada e ela interage super bem, só que ela resiste em gostar da nova professora. Suspeitamos que haja um sentimento de não trair a professora anterior, ou algo do tipo, já que não acho que ela seria capaz de estruturar uma atitude tão complexa.
As reclamações são sutis, ela não gosta que a professora a repreenda, fica brava porque algumas meninas não falam com ela ou optam por brincar sozinhas, pelo menos é isso que ela conta.
Conheci a mãe de uma menina da sala dela que também é nova lá e pelo que ela me contou a menina fala bastante da Analu em casa, sinal de que há uma interação, só que não consigo arrancar esse tipo de coisa na conversa pós aula que tenho com a pequena todos os dias. Geralmente o papo se resume a dizer que foi mais ou menos e que não gosta da professora. Só disse que gostou da professora de inglês! Oba, pelo menos de alguma coisa ela gostou.
Tenho incentivado bastante, digo para ela que a cada dia é um pouco melhor, que as amizades vão surgir e que logo ela se sentirá em casa. Pelo menos é isso que eu desejo e pelo que conheço da filhota, ela já está bem por lá, só não quer admitir, afinal, isso seria pra ela, deixar para trás definitivamente a outra escola que ela tanto gostava.